quinta-feira, 4 de outubro de 2012

O condenado parte #1


sou católico apostólico romano, a igreja que por tantos fez( não, não isso não é um pregação), é criticada, chamada de hipócrita por adorar "ídolos", então escrevi essa historia para explicar, ou tentar, o porque de VENERARMOS imagens de santos.




Os novíssimos do Aram.


 A dor começou na sexta feira, o medico tentava descobrir uma saída, mas a febre só aumentava.

A vizinha chamou um padre, o amigo um pastor, mas Aram os dês pensou.      

___Deus, Deus nunca me ajudou___  Ele dizia__  não vai ser agora que irá me salvar. 

Aram era um empresário, corrupto, fizera coisas terríveis para subir na vida, traficante e cafetão á ladrão corrupto protegido pelo governo, sua empresa bem sucedida, controlava metade do mercado imobiliário, que estava em varias falcatruas.
                                                                                                                                        No final da tarde de sábado a vista começou a falhar, e rápidos devaneios  começaram á atormenta-lo.  
                                                                                                  
Sua mente voltou no tempo, quando era uma criança, quando fora batizado, seus pais resplandeciam de tanta alegria, faziam as renuncias com firmezas, certos de que seus filho seria justo e honesto.
                                                                                         
A imagem mudou, ele estava na pequena casa de seus pais, em São Paulo, Aram estava no inicio de sua juventude, usava roupas grandes e largas, e de instante e instante, saia de sua boca uma densa nuvem de fumo, ele berrava, seus pais se acuavam contra a parede branca manchada pelo tempo, seu pai tentou acalma-lo, colocando as mãos no ombro do filho, Aram virou e socou o rosto do pai, o pai de Aram caiu com uma linha densa de sangue escorrendo do nariz, Aram ao invés de ajuda-lo deu lhe um chute na barriga, aquela foi a ultima vez que Aram viu seu pai.
                                                                                                                                  ____Levanta, anda estão esperando ___ a voz não era conhecida, nem amigável, causo-lhe calafrios, abriu os olhos com dificuldade, quando a visão focou Aram pulou da cama, de susto, ao lado da sua cama estava uma entidade negra, de asas escuras  e sujas, um manto negro rasgado cobria o magro corpo, sua vos era grave, e áspera, como o raspar de uma faca na pedra.   
                                                   
    ___NÃO! POR FAVOR! Dei me mais um tempo de vida, sou...___ lagrimas escorreram, de seus olhos___ só mais um pouco,  só mais um pouco eu imploro. ___Vamos Aram, por que teme a minha presença? Deve temer o que te aguarda do outro lado da porta.___ a voz do anjo negro tomou toda a sala, em tom fúnebre.  
                                                                                                                                        ___Não!___ suas bochechas irritaram se, Aram berrava e se espreitava contra a cama.                                                                                                                                


____O dia de seu juízo chegou, o terceiro novíssimo do homem bate a sua porta__ o anjo desembainhou da cintura uma grade espada de lamina negra e fosca___ Aram a morte o convoca____ A lamina negra foi ao encontro do coração do condenado, quando ela o perfurou, a dor que ele sentiu não foi uma dor humana, foi como se tivesse sendo prensado a uma elevada temperatura, como se tivesse perfurado sua essência, foi  a dor da alma, a maior dor que á no universo, a separação da alma e do corpo, o maior trauma, pois a alma não foi feita para se separar do corpo, mas isso mudou quando uma mística fruta foi mordida. O anjo tirou a espada, ceifa da morte, do coração do homem.

      Aram viu um breve filme de sua vida, tudo de bom e de ruim que fizera em vida, depois ele berrou, um berro de desespero e tristeza, o arquejo final do espirito se desprendendo do mundo carnal.        

  Por estar corrompida pelo pecado e pelo orgulho, à aparência da alma de Aram era macabro, seu rosto enegrecido com partes decrepitas e esfoladas, suas orbitas oculares sangravam, suas mão estava em um estado deplorável comida por vermes e fungos, suas entranhas à amostra se moviam grossas e negras de podridão, seu corpo estava assim pelas atrocidades e atos que fizera em vida. 

   ____O que ouve comigo?___  a voz de Aram agora saia uma mistura de choro e terror, sua voz estava macabra. 

   ____Esta é a real aparência de sua alma, eis o reflexo de toda a sua a vida.___ der repente a sala escureceu, e ao redor do disforme corpo de Aram, surgiram todas pessoas que ele prejudicara em vida.                                                                    

   ___Esse é o seu júri, venha comigo___ o anjo negro o levou até uma grande porta, ao atravessa-la um novo senário se abriu à sua frente, uma grade sala com vitrais e rosáceas, as colunas formavam arcos no teto, a sala era mal iluminada, apenas alguns archotes formavam ilhas luminosas, o centro estava vazio, uma grade bancada de madeira com duas chaves entalhadas, uma dourada e outra prateada, demarcavam o lugar do juiz.  
                                                                                
___Não precisamos desse julgamento, deixe me acorrenta-lo e leva lo___disse uma voz hedionda vinda de trás de uma das pilastras. De lá saiu uma grande figura, era hedionda e maldita, dois grades chifres brotavam de sua cabeça e seus pés eram pernas de bode, trazia consigo grossas correntes e uma pesado grilhão ___olá velho amigo___ a criatura disse à Aram.   
                                                   
    ___Não...não o conheço, sai de perto de mim criatura depressível e maldita __Aram disse ainda com medo.  
                                                                                                
____É o que diz agora, mas você ouviu o que eu disse quando corrompeu aquelas meninas, ou quando espancou seu pai, se lembra, quase o matttttttou___a entidade soltava assustadoras gargalhadas.  
                                                                         
Trombetas soaram e ao redor cadeiras foram ocupadas, circulando o réu, a sala se iluminou e santos e profetas, reis e plebeus apareceram, em um pináculo surgiu um anjo,  esse trajava uma rica armadura, era alto e belo, vestia uma túnica vermelha e suas asas douradas tinha penas simétricas, sua capa carmim tinha pequenas estrelas que brilhavam como pequenos sois. Ele desenrolou um pergaminho e declamou, quase que cantando.                                                                            

____O santo tribunal de Deus, convoca o réu, Aram D`agmam Lare, a pretar juízo de seus atos praticados em vida___ no centro da sala surgiu uma mesa com uma delicada balança de pratos dourada____ os santos e profetas requerem os novíssimos do réu ___ os novíssimos era um grosso livro, onde era registrada os três novíssimos do homem, nascer,  viver e morrer.                                                          

  Moises e João Batista entraram trazendo o grande livro, a capa era dura de couro, e suas paginas amareladas. Ao abri-lo uma fraca luz  branca, a luz provinha das letras que registravam a vida de Aram.                                                                            

  ____Que entre os juízes___ disse o anjo de asas douradas.                           

  De uma porta saiu um anjo, tinhas cabelos  olhos castanhos, uma túnica azul celeste  com pontos estrelares, as asas eram pardas de penas longas e simétricas, na cintura levava uma bela espada embainhada, o anjo  de túnica  se pôs ao lado de Aram. De outra porta saíram os três arcanjos, deles fugia um brilho extasiante, usavam  armaduras completas, placas feitas de ouro e prata, com a marcas das sangrentas batalhas, da queda dos anjos, embora bem lustradas, o arcanjo Miguel se pôs próximo ao lado da balança, desembainhou a gloriosa espada de aço avermelhado e ficou em guarda, Gabriel e Rafael ladearam a bancada dos juízes.    

De uma terceira porta saíram  três  figuras : são Pedro, santo Agostinho, santo que Aram era devoto quando pequeno, e para o espanto de Aram o terceiro juiz era seu próprio pai.    
                                                                                                       
  ____Está aberto o julgamento ___ São Pedro bateu um pequeno martelo de madeira na mesa.    
                                                                                                                   ____Quando pequeno Aram  carregava uma falha, a falha de Adão e Eva, o pecado origina___ iniciou o anjo da guarda___ Mas já  novinho, seus pais se preocuparam em apagar essa falha ___o anjo da guarda foi até a balança, uma pedra branca do tamanho da palma de uma mão surgiu na mão do anjo, ele pôs a pedra  no prato direito, o prato desceu totalmente para à direita, o livro dos novíssimos brilhou, nos trechos onde era narrado o seu batismo.   
                                           
_____Sim mas assim que adquiriu consciência, foi para o mau caminho,  pecando contra a castidade, roubando e blasfemando através de piadas e outras formas___ o demônio tirou de um saco uma grossa corrente ___ foram essas que prendi nele quando começou a se corromper ____ despejou-as sobre o prato esquerdo. A balança se igualou, Aram via todos os fatos da sua vida em sua cabeça e se desesperou.                                                                                                                             

____Mas se purificou muitas vezes pelo sacramento da confissão, e sua primeira comunhão recebeu o próprio cristo dentro de se___ o anjo da guarda foi ate a balança, na palma de sua mão surgiu uma grande gema de rubi, o anjo o colocou no prato ao lado da pedra branca, a balança declinou um pouco para a direita.  
                                                                                                                                          


____Mas fugiu deles quando matou pela primeira vez, por drogas, e o peso de outras mortes o corromperam ainda mais sua alma ____ o promotor depositou no prato uma grande e negra corrente, e vertiginosamente  balança foi toda para à esquerda ____ E a primeira alma que ele corrompeu, a menina que ele violou, HA!HA! e as  outras depois dessa____ colocou outra corrente e a balança foi ainda mais para à esquerda____ As mossas que por ele venderam seus corpos ___colocou mais que uma corrente, e o prato esquerdo pesou ainda mais.                   

____Em raras ocasiões ele, me pediu ajuda___ disse Santo Agostinho ____Eis aqui minha ajuda 

___na mão do santo surgiu uma gema de diamante, o arcanjo Miguel á colocou na bandeja direita, pareando as bandejas.                             


____Mais o sacramento da crisma, e as indulgencias que recebeu sem saber ____uma grande esmeralda apareceu na mão do defensor de Aram, a balança foi para direita novamente.   
                                                                                                
____Ssssssim! Mas na hora da morte negou á Deus, negou a existência  de Deus e negou sua ajuda, _____Uma grossa e longa corrente saiu do, saco que o demônio levava, e à depositou na balança esquerda, fazendo o prato descer o máximo que a balança aguentava.
                                                                                          
O anjo da guarda e os santos intercessores iam ajudando mas, pela falta da confissão e até do sacramento da unção dos enfermos, aquele pecado, a negação era irreparável e a balança pouco se alterava, até chegar ao fim
.                                     
___Pelos fatos apresentados, Aram D`gmar Laret, é culpado e sentenciado a passar a eternidade queimando no fogo ardente____ Disse seu pai, o martelo do juiz ia dar a sentença quando uma ofuscante luz tomo a sala.                                    

 Uma doce e maternal voz  soou por todo tribunal. 
                                                                                                

____Eis aqui Aram a ajuda do altíssimo_____ ela se referia às frases finais de Aram____
 ponho na balança, meu terço, pois quando bateu em seu pai, e na morte de seu pai veio a mi pedir o perdão, pedir pela alma de seu pai, e chorou, chorou sinceramente, arrependido, é por isso que junto ao meu filho, pede por você.     A doce voz calou, o clarão se apagou, o prato direito arrebentou para a direito, e nele reluzia um rosário de contas de luz, o terço que salvara Aram.   
                 
 Quando o clarão se foi, as impurezas e imperfeições no corpo de Aram sumiram, sua alma era bela  novamente, Aram chorava de alivio e de arrependimento de todos seus mal atos que cometeram em vida.                                            

O demônio com raiva, berrou, mas calou se  quando Miguel levantou a espada, e voltou aos becos malditos de onde saíram.                                                         


____Graças a santa virgem, sua sentença é passar uma hora no purgatório.        Aram sorriu, merecia algo pior, mas foi sentenciado a ficar apenas uma hora, aliviado foi guiado até os campos do purgatório pelo seu anjo da guarda.                                                                                                                                                                                                                                                                            


























Plínio Rezende












                                                                                                                           

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